segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Tecnicas de Observação Cerebral

Ondas Cerebrais

É através duma banda com eléctrodos que é colocado na cabeça e são estes eléctrodos que captarão as ondas cerebrais.
As ondas cerebrais são os estímulos electromagnéticos produzidos pelo cérebro aquando o seu funcionamento. Estas são medidas em vibrações por segundo, ou seja, em Frequência (Hz). As frequências variam entre os 0 e 30 Hz e é isso que caracteriza os quatro diferentes tipos de ondas: as Delta, as Teta, as Alfa e as Beta.



As Ondas Delta δ (Frequência entre 0 e 4 Hz) predominam enquanto dormimos profundamente. Quando observadas são a manifestação de acções como movimentos oculares inconscientes que ocorrem durante o sono.



As Ondas Teta θ (Frequência entre 4 e 8 Hz) predominam durante o período entre a insonolência e a sonolência. As ondas adquirem esta frequência quando sonhamos.



As Ondas Alfa α (Frequência entre 8 e 12 Hz) predominam quando estamos num estado de descontracção ou relaxamento. Surgem claramente quando fechamos os olhos.



As Ondas Beta β (Frequência entre 12 e 30 Hz) predominam quando estamos concentrados ou prestamos atenção a algo que nos rodeia. Este tipo de ondas só se manifesta enquanto estamos acordados.





Técnicas de Observação Cerebral



Hoje em dia existem várias formas de observar o cérebro, tais como:

  • Electroencefalograma (EEG)


Esta técnica permite registar, através de eléctrodos, actividade eléctrica no nosso cérebro. Essa actividade é captada e amplificada pelos eléctrodos e posteriormente é convertida em ondas cerebrais que são registadas em polígrafos ou em ecrãs de computador.



Geralmente o EEG é realizado para avaliar pacientes com suspeita de epilepsia, para determinar a profundidade de um coma, para diagnosticar demências e encefalopatias e também para confirmar diagnósticos de morte cerebral.
No decorrer da EEG são-nos aplicados eléctrodos na cabeça, tendo que ser limpa a área onde cada eléctrodo é aplicado (de modo eliminar alguns excessos de gordura no couro cabeludo, facilitando a transmissão eléctrica). É também colocado um gel para facilitar a transmissão, havendo consequentemente uma melhor captação das ondas cerebrais.
Os eléctrodos captam as ondas, transmitem-nas para o aparelho de EEG, que as regista num papel através de um polígrafo, ou mesmo num ecrã de computador. No decorrer do exame é pedido ao paciente que abra e feche os olhos, que respire rápida e profundamente e que olhe para uma luzintermitente.





  • Tomografia Axial Computorizada (TAC)


A tomografia axial computorizada (TAC) funciona com base na absorção das radiações X por parte do corpo que é sujeito ao exame. A absorção varia em função da composição da zona do corpo exposta á radiação. Há uma maior absorção das radiações por parte dos tecidos mais densos (como o fígado) e uma menor absorção das radiações por parte dos tecidos menos densos absorção (como os pulmões que estão cheios de ar). Assim a TAC indica a quantidade de radiação absorvida, apresentando-a numa escala de cinzentos em imagem. Quanto menor é a absorção, mais escuro é o cinzento que aparece na imagem.



No decorrer da TAC, o paciente deita-se numa maca que se desloca para o interior de uma estrutura semelhante a um tubo (com 70 cm de diâmetro), rodeado por um suporte circular designado por gantry. O gantry contem um emissor de radiações X que se posiciona na zona oposta ao receptor de radiações X. Assim no decorrer da TAC, o gantry roda 360º, na zona do corpo que é analisada. As radiações X emitidas pelo emissor atravessam o corpo e são recebidas pelo receptor de radiações X, que transmite a informação para um computador. O computador processa essa informação e cria uma imagem. A maca desloca-se varias vezes de forma a que o gantry desempenhe a sua função uns milímetros ou centímetros mais a baixo até ter percorrido toda a área pretendida.
A TAC possui a vantagem de fazer uma maior distinção entre tecidos. Esta consegue distinguir diferenças de densidade entre tecidos na ordem do 0.5%.Por outro lado tem uma grande desvantagem, a qual se refere á emissão de radiações X. Estas radiações têm efeitos negativos em relação ao corpo humano, tornando possível a ocorrência de mutações genéticas e não só. Assim não é aconselhável a realização da TAC em grávidas e crianças.





  • Tomografia por Emissão de Positrões (TEP)


A tomografia por emissão de positrões (TEP) é uma técnica que permite analisar o estado funcional do cérebro através de positrões que são emitidos por radionuclídeos introduzidos no corpo que se pretende examinar.
Os positrões aniquilam-se quando entram em contacto com electrões, originando assim raios γ (Gama) que posteriormente são captados.
No caso do cérebro, o radionoclídeo utilizado é o Oxigénio-15, pois este permite observar o consumo de oxigénio em diferentes regiões do cérebro.
No decorrer da TEP são introduzidos radionuclídeos no cérebro do paciente. Os radionuclideos decompõem-se e libertam positrões que reagem com os electrões presentes no nosso cérebro e originam raios gama. O cérebro do paciente é analisado num aparelho com uma estrutura semelhante ao das TAC’s. A diferença entre os dois aparelhos está na captação de radiações, o aparelho que efectua as TEP’s apenas capta os raios gama, não faz emissões. Os raios γ (Gama) após captados são transferidos em forma de informação para um computador, que executa o seu processamento e cria imagens do cérebro.
Esta técnica tem a mesma desvantagem que a TAC, pois os raios γ (Gama) têm efeitos negativos em relação ao nosso corpo tal como os raios X. Normalmente estas imagens são analisadas em conjunto com as imagens recolhidas nas TAC’s, pois observando e relacionando as duas é mais fácil tirar conclusões.





  • Ressonância Magnética (RM)


A ressonância magnética é uma técnica que permite obter várias imagens do cérebro, através de ondas emitidas pelos átomos de hidrogénio presentes no nosso corpo (na água). Para que haja a formação dessas ondas é necessário que o cérebro seja submetido a um campo magnético, e á emissão de ondas rádio. Nestas condições os átomos iram emitir também ondas, que são captadas e é assim formada a imagem do cérebro. No decorrer da ressonância o paciente é exposto a um campo magnético, e são emitidas ondas rádio, os átomos do cérebro do paciente perante esta situação irão emitir também ondas que serão captadas por uma bobina receptora.

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